segunda-feira, 11 de agosto de 2014


O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER
Rubem Alves

Aprendo porque amo
Recordo a Adélia: “Não quero faca nem queijo;
quero é fome”. Se estou com fome e gosto de queijo
eu como queijo... Mas, e se eu não gostar de queijo?
Procuro outra coisa de que goste: banana, pão com manteiga, chocolate...

Mas as coisas mudam de figura se minha namorada for mineira, gostar de queijo e for de opinião que gostar de queijo é uma questão de caráter.
Aí, por amor à minha namorada, eu trato de aprender a gostar de queijo. Lembro me do filme Assédio sexual. A história se passa numa cidade do norte da Itália ou da Suíça. Um pianista vivia sozinho numa casa imensa que havia recebido como herança. Ele nem conseguia cuidar da casa sozinho e nem tinha dinheiro para pagar uma faxineira. Aí ele propôs uma troca: ofereceu moradia para quem se dispusesse a fazer os serviços de limpeza.

Apresentou-se uma jovem negra, recém-vinda da África, estudante de medicina. Linda! A jovem fazia medicina ocidental com a cabeça mas o seu coração estava na música da sua terra, os atabaques, o ritmo, a dança. Enquanto varria e limpava, sofria ouvindo o pianista tocando uma música horrível: Bach, Brahms, Debussy... Aconteceu que o pianista se apaixonou por ela. Mas ela não quis saber de namoro, achou que se tratava de assédio sexual e despachou o pianista falando sobre o horror da música que ele tocava. O pobre pianista, humilhado, recolheu-se à sua desilusão, mas... uma grande transformação aconteceu: ele começou a frequentar os lugares onde se tocava música africana. Até que aquela música diferente entrou no seu corpo e deslizou para os seus dedos.

 E, de repente, a jovem de vassoura na mão começou a ouvir uma música diferente, música que mexia com o seu corpo e suas memórias... E foi assim que se iniciou uma história de amor atravessado: ele, por causa do seu amor pela jovem, aprendendo a amar uma música de que nunca gostara, e a jovem, por causa do seu amor pela música africana, aprendendo a amar o pianista que não amara. Sabedoria da psicanálise: freqüentemente a gente aprende a gostar de
queijo através do amor pela namorada que gosta de queijo...

Isso me remete a uma inesquecível experiência infantil. Eu estava no primeiro ano do grupo escolar. A professora era a dona Clotilde. Pois ela fazia o seguinte: assentava-se numa cadeira bem no meio da sala, num lugar onde todos a veriam, acho que fazia de propósito, por maldade, desabotoava a blusa até o estômago, enfiava a mão dentro dela e puxava para fora um seio lindo, liso, branco, aquele mamilo atrevido... E nós, meninos, de boca aberta... Mas isso durava não mais que cinco segundos porque ela logo pegava o nenezinho e o punha para mamar. E lá ficávamos nós, sentindo coisas estranhas que não entendíamos: o corpo sabe coisas que a cabeça não sabe. Terminada a aula os meninos faziam fila junto à dona Clotilde, pedindo para carregar a pasta. Quem recebia a pasta era um felizardo, invejado.

Como diz o velho ditado “quem não tem seio carrega pasta...”. Mas tem mais: o pai da dona Clotilde era dono de um botequim onde se vendia um doce chamado “mata-fome”, de que nunca gostei. Mas eu comprava um mata-fome e ia para casa comendo o mata-fome bem devagarzinho... Poeticamente trata-se de uma metonímia: o “mata- fome” era o seio da dona Clotilde... Ridendo dicere severum: rindo, dizer as coisas sérias... Pois rindo estou dizendo que freqüentemente se aprende uma coisa de que não se gosta por se gostar da pessoa que a ensina. E isso porque –– lição da psicanálise e da poesia –– o amor faz a magia de ligar
coisas separadas, até mesmo contraditórias. Pois a gente não guarda e agrada uma coisa que pertenceu à pessoa amada? Mas a “coisa” não é a pessoa amada! É, sim, dizem poesia, psicanálise e magia: a “coisa” ficou contagiada com a aura da pessoa amada. Minha avó guardava uns bichinhos que haviam pertencido a um filho que morrera. Guardo um peso de papel, de vidro, que pertenceu ao meu pai
E os apaixonados guardam uma peça de roupa da pessoa amada, e a colocam sobre o travesseiro, ao dormir... Mesmo depois dela ter morrido. É como se, através daquela “coisa” que não é a pessoa amada, fosse possível tocar e acariciar a pessoa amada, ausente.

Pois o mesmo mecanismo acontece na educação. Quando se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele. Aprendo porque amo, aprendo porque admiro. Sabendo o que ele sabe eu carrego a sua pasta, como o
“mata-fome”, faço amor com ele.
Lamento dizer isso: tive poucos mestres que admirasse. Lembro- me de um que admiro até hoje, embora já se tenham passado mais de cinqüenta anos: Leônidas Sobrinho Porto. Professor de literatura, nunca nos atormentou com informações sobre nomes e escolas literárias. Ele sabia que não aprenderíamos. Mas quando ele se punha a falar era como se estivesse possuído. Falava com tal paixão sobre
as grandes obras literárias que era impossível não ser contagiado. Eu o admirava porque nele brilhava a beleza da literatura, queijo de que eu não gostava. Ele me fez amar a literatura.
A dona Clotilde nos dá a lição de pedagogia: quem deseja o seio, mas não pode prová-lo realiza o seu amor poeticamente, por metonímia: carrega a pasta e come mata-fome... Ou, melhor ainda, fica querendo aprender aquilo que ela ensina. Pois o que uma professora amada ensina é um seio delicioso...

Fonte:http://www.educardpaschoal.org.br/web/upload/NossosLivros/68_livro_desejodeensinar%281%29.pdf


AGRADECIMENTOS AOS PAIS

 O dia dos Pais não é só no domingo dia 9/08/2014 que foi comemorado mas todos os dias...um forte abraço a todos os Pais do CMEI Menino Deus, que acompanham e cuidam de seus filhos com amor, carinho . Amando quando é preciso e dando limites quando se faz necessário!


DIA DOS PAIS



Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.
Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.
A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).
No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.
Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.
Em outros países
Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.
Na Itália e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.
Reino Unido – No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.
Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes. 

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho. 

Portugal – A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração. 

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.
Alemanha – Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.
Paraguai – A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.
Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.
Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.
África do Sul – A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.
Rússia – Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de “o dia do defensor da pátria” (Den Zaschitnika Otetchestva).
Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples “Obrigado Papai” !
DIA DOS PAIS
(Melodia: Terezinha de Jesus )
Entre as festas da família,
Existe o Dia dos Pais;
Procuremos sempre amá-los
Sendo filhos bem legais.
Aos nossos queridos pais,
Prestamos esta homenagem,
Pedindo que nos perdoem
Toda a nossa traquinagem.
Ao lado na mamãezinha
Guardemos com gratidão,
O querido papaizinho
Bem dentro do coração!

Bons Pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar.


Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar. Entre corrigir erros e ensinar a pensar existem mais mistérios do que imaginam nossa vã psicologia. Não seja um perito em criticar comportamentos inadequados, seja um perito em fazer seus filhos refletirem. As velhas broncas e os conhecidos sermões definitivamente não funcionam, só desgastam a relação.
• Educar não é repetir palavras, é criar idéias, é encantar.
• Pais brilhantes conhecem o funcionamento da mente para educar melhor. Eles têm consciência de que precisam ganhar primeiro o território da emoção , para depois ganhar o anfiteatro dos pensamentos e, em ultimo lugar, conquistar os solos conscientes e inconscientes da memória, que é a caixa de segredos da personalidade. Eles surpreendem a emoção com gestos impares. Deste modo, geram fantásticos momentos educacionais.
• Surpreender os filhos é dizer coisas que eles não esperam, e agir de modo diferente diante dos seus erros, superar as suas expectativas.
• Se você educa a inteligência emocional dos seus filhos com elogios quando eles esperam uma bronca, com um encorajamento quando eles esperam uma reação agressiva, com uma atitude afetuosa quando eles esperam um ataque de raiva, eles se encantaram e registraram você com grandeza. Os pais se tornarão assim agentes de mudança.
• Bons pais dizem aos filhos: “ Você está errado.” Pais brilhantes dizem: “O que você acha do seu comportamento?” Bons pais dizem: “ Você falhou de novo.” Pais brilhantes dizem : “ Pense antes de reagir.” Bons pais punem quando os filhos fracassam; pais brilhantes os estimulam a fazer de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.
• Uma das coisas mais importantes na educação é levar um filho a admirar seu educador. Um pai pode ser um trabalhador braçal, mas, se encanta seu filho, será grande dentro dele. Um pai pode ser grande no meio empresarial, ter milhares de funcionários, mas, se não encantar seu filho, será pequeno em sua alma.
Trechos do livro “Pais brilhantes, professores fascinantes” de Augusto Cury







JOÃO E MARIA 
João e Maria


Da tradição oral

Às margens de uma floresta existia, há muito
tempo, uma cabana pobre feita de troncos de árvores, onde moravam
um lenhador, sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do
primeiro casamento. O garoto chamava-se João e a menina, Maria.
Na casa do lenhador, a vida sempre fora difícil, mas, naquela
época, as coisas pioraram: não havia pão para todos.
— Mulher, o que será de nós? Acabaremos morrendo de fome. E
as crianças serão as primeiras.
— Há uma solução... – disse a madrasta, que era
muito malvada – amanhã daremos a João e Maria um pedaço de
pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos.
O lenhador não queria nem ouvir um plano tão cruel, mas a mulher,
esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.
No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e
Maria desatou a chorar.
— E agora, João? Sozinhos na mata, vamos nos perder e
morrer.
— Não chore — tranqüilizou o irmão. — Tenho
uma idéia.
Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um
punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da Lua e as
escondeu no bolso. Depois voltou para a cama. No dia seguinte, ao
amanhecer, a madrasta acordou as crianças.
— Vamos cortar lenha na mata. Este pão é para vocês.
Partiram os quatro. O lenhador e a mulher na frente, as crianças
atrás. A cada dez passos, João deixava cair no chão uma pedrinha
branca, sem que ninguém percebesse. Quando chegaram bem no meio da
mata, a madrasta disse:
-— João e Maria, descansem enquanto nós vamos rachar lenha
para a lareira. Mais tarde passaremos para pegar vocês.
Os dois irmãos, após longa espera, comeram o pão e, cansados e
fracos, adormeceram. Acordaram à noite, e nem sinal dos pais.
— Estamos perdidos! Nunca mais encontraremos o caminho de
casa! — soluçou Maria.
— Quando a Lua aparecer no céu acharemos o caminho de casa
— consolou-a o irmão.
Quando a Lua apareceu, as pedrinhas que João tinha deixado cair
pelo atalho começaram a brilhar, e, seguindo-as, os irmãos
conseguiram voltar à cabana.
Ao vê-los, os pais ficaram espantados. O lenhador, em seu íntimo,
estava contente, mas a mulher não. Assim que foram deitar, disse
que precisavam tentar novamente, com o mesmo plano. João, que tudo
escutara, quis sair à procura de outras pedrinhas, mas não pôde,
pois a madrasta trancara a porta. Maria estava desesperada.
— Como poderemos nos salvar desta vez?
— Daremos um jeito, você vai ver.
Na madrugada do dia seguinte, a madrasta acordou as crianças e
foram novamente para a mata. Enquanto caminhavam, Joãozinho
esfarelou todo o seu pão e o da irmã, fazendo uma trilha. Desta
vez afastaram-se ainda mais de casa e, chegando a uma clareira, os
pais deixaram as crianças com a desculpa de cortar lenha,
abandonando-as.
João e Maria adormeceram, famintos e cansados. Quando acordaram,
estava muito escuro, e Maria desatou a chorar.
Mas desta vez não conseguiram encontrar o caminho: os pássaros
haviam comido todas as migalhas. Andaram a noite toda e o dia
seguinte inteirinho, sem conseguir sair daquela floresta, e
estavam com muita fome. De repente, viram uma casinha muito
mimosa. Aproximaram-se, curiosos, e viram, encantados, que o
telhado era feito de chocolate, as paredes de bolo e as janelas de
jujuba.
— Viva!— gritou João.
E correu para morder uma parte do telhado, enquanto Mariazinha
enchia a boca de bolo, rindo. Ouviu-se então uma vozinha aguda,
gritando no interior da casinha:
— Quem está o teto mordiscando e as paredes roendo?
As crianças, pensando que a voz era de uma menina de sua idade,
responderam:
— É o Saci-pererê que está zombando de você!
Subitamente, abriu-se a porta da casinha e saiu uma velha muito
feia, mancando, apoiada em uma muleta. João e Maria se assustaram,
mas a velha sorriu, mostrando a boca desdentada.
— Não tenham medo, crianças. Vejo que têm fome, a ponto
de quase destruir a casa. Entrem, vou preparar uma jantinha.
O jantar foi delicioso, e a velha senhora ajeitou gostosas
caminhas macias para João e Maria, que adormeceram felizes. Não
sabiam, os coitadinhos, que a velha era uma bruxa que comia
crianças e, para atraí-las, tinha construído uma casinha de doces.
Agora ela esfregava as mãos, satisfeita.
— Estão em meu poder, não podem me escapar. Porém estão um
pouco magros. É preciso fazer alguma coisa.
Na manhã seguinte, enquanto ainda estavam dormindo, a bruxa
agarrou João e o prendeu em um porão escuro, depois, com uma
sacudida, acordou Maria.
— De pé, preguiçosa! Vá tirar água do poço, acenda o fogo
e apronte uma boa refeição para seu irmão. Ele está fechado no
porão e tem de engordar bastante. Quando chegar no ponto vou
comê-lo.
Mariazinha chorou e se desesperou, mas foi obrigada a obedecer.
Cada dia cozinhava para o irmão os melhores quitutes. E também, a
cada manhã, a bruxa ia ao porão e, por ter vista fraca e não
enxergar bem, mandava:
— João, dê-me seu dedo, quero sentir se já engordou!
Mas o esperto João, em vez de um dedo, estendia-lhe um ossinho de
frango. A bruxa zangava-se, pois apesar do que comia, o moleque
estava cada vez mais magro! Um dia perdeu a paciência.
— Maria, amanhã acenda o fogo logo cedo e coloque água
para ferver. Magro ou gordo, pretendo comer seu irmão. Venho
esperando isso há muito tempo!
A menina chorou, suplicou, implorou, em vão. A bruxa se
aborrecera de tanto esperar.
Na manhã seguinte, Maria tratou de colocar no fogo o caldeirão
cheio de água, enquanto a bruxa estava ocupada em acender o forno
para assar o pão. Na verdade ela queria assar a pobre Mariazinha,
e do João faria cozido.
Quando o forno estava bem quente, a bruxa disse à menina:
— Entre ali e veja se a temperatura está boa para assar
pão.
Mas Maria, que desconfiava sempre da bruxa, não caiu na
armadilha.
— Como se entra no forno? — perguntou ingenuamente.
— Você é mesmo uma boba! Olhe para mim! — e enfiou
a cabeça dentro do forno.
Maria empurrou a bruxa para dentro do forno e fechou a portinhola
com a corrente. A malvada queimou até o último osso.
A menina correu para o porão e libertou o irmão. Abraçaram-se,
chorando lágrimas de alegria; depois, nada mais tendo a temer,
exploraram a casa da bruxa. E quantas coisas acharam! Cofres e
mais cofres cheios de pedras preciosas, de pérolas...
Encheram os bolsos de pérolas. Maria fez uma trouxinha com seu
aventalzinho, e a encheu com diamantes, rubis e esmeraldas.
Deixaram a casa da feiticeira e avançaram pela mata.
Andaram muito. Depois de algum tempo, chegaram a uma clareira, e
perceberam que conheciam aquele lugar. Certa vez tinham apanhado
lenha ali, de outra vez tinham ido colher mel naquelas árvores...
Finalmente, avistaram a cabana de seu pai. Começaram a correr
naquela direção, escancararam a porta e caíram nos braços do
lenhador que, assustado, não sabia se ria ou chorava.
Quantos remorsos o tinham atormentado desde que abandonara os
filhos na mata! Quantos sonhos horríveis tinham perturbado suas
noites! Cada porção de pão que comia ficava atravessada na
garganta. Única sorte, a madrasta ruim, que o obrigara a livrar-se
dos filhos, já tinha morrido.
João esvaziou os bolsos, retirando as pérolas que havia guardado;
Maria desamarrou o aventalzinho e deixou cair ao chão a chuva de
pedras preciosas. Agora, já não precisariam temer nem miséria nem
carestia. E assim, desde aquele dia o lenhador e seus filhos
viveram na fartura, sem mais nenhuma preocupação.

Fonte:http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/joaoemaria.html











VÍDEO JOÃO E MARIA






GALINHA RUIVA




VÍDEO DA GALINHA RUIVA





AVENTAL 



SUGESTÕES DE ATIVIDADES 











 Os Três Porquinhos


Os Três Porquinhos História infantil para crianças

Era uma vez, 3 porquinhos que viviam na floresta,
cada um na casa que construiu.
Os dois mais novos só pensavam em brincar
e não gostavam de trabalhar. Um fez a casa de palha
e o outro de madeira, o mais velho que era trabalhador
fez uma casa de tijolo e cimento, que lhe dava segurança.
Os mais novos faziam troça dele, que levava o tempo
todo a trabalhar e não brincava.
Certo dia, o lobo pareceu e cada um fugiu para sua casa,
o lobo aproximou-se da casa de palha e começou a soprar
com tanta força que o telhado e as paredes foram para o ar.
O porquinho correu para a casa do outro irmão, o lobo
voltou a soprar com tanta força, que depressa derrubou a madeira.
Os dois porquinhos, assustados correram para casa do irmão mais velho.
E o lobo furioso voltou a soprar, mas desta vez não
conseguiu derrubar a casa de tijolos e acabou por se ir embora.
Os dois porquinhos aprenderam a lição, primeiro trabalhar e depois brincar.
E foram felizes para sempre.

Fonte:http://historiasinfantilparacriancas.blogspot.com.br/2011/06/os-tres-porquinhos.html

Atividades com a História












VÍDEO : TRÊS PORQUINHOS



DESCOBRINDO A LITERATURA

 * Este projeto foi enviado pela Secretaria Municipal de Educação de Ibiporã- Pr

JUSTIFICATIVA
O mundo da literatura infantil é mágico. Isto porque as palavras têm o poder de nos envolver e transportar para um lugar que não é só imaginário, mas também é real. É real porque se pode viver um momento ímpar, mesmo que ele seja fruto de um imaginar, sentir, fruir, aprender ou sonhar.           
                 Desde a história até a atualidade, a relação entre escola e literatura infantil vem se transformando constantemente. Neste processo, estão envolvidos dois personagens que merecem ser analisados: o professor e a criança. Este alvo está sob influências de ambos e merecem grande atenção porque a relação entre o professor e a criança faz nascer a aprendizagem.
                 Sendo a literatura infantil uma produção artística, o trabalho do Centro deve aproximar o leitor de bons textos, nos quais a qualidade seja pré-requisito indispensável. É necessário o uso de bons modelos de textos (texto que não acaba após a leitura), que permitam a criação do aluno, uma produção imaginária e real dessa experiência estética. É preciso desenvolver nas crianças o gosto pela leitura, exercitando o hábito de ler e pensar sobre o que se lê, em quem somos e o que queremos valorizar. A leitura deve ser vista, então, como um recurso intelectual que nos permite descobrir, desenvolver, compreender, entrar em contato com sentimentos e emoções.                  
                            A literatura pode ser o meio pelo qual a criança entra em contato com a própria língua, logo é necessário o Centro ampliar as possibilidades de conhecimento dessa modalidade discursiva. Dessa forma, quando as crianças vivenciam experiências distintas e enriquecedoras de utilização da literatura, elas aumentam as possibilidades de desenvolver competências discursivas que proporcionam maior interação em diversas situações comunicativas.
                             Ler é uma atividade vital e, desde cedo, plena de significação. Para a formação da criança, é importante que o Centro de Educação, proporcione às crianças contato com livros e que ouçam histórias contadas pelos educadores, de forma lúdica e prazerosa. É o início da aprendizagem para se tornar um leitor, a abertura de um caminho infinito de descoberta e de compreensão do mundo. Portanto, a literatura infantil bem trabalhada, é uma forma de suscitar o imaginário da criança, de encontrar idéias para solucionar questões, enfim, uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos.
                            Através do conto e da leitura de histórias, as crianças assumem o papel de interlocutores, sendo ouvidas e expressando suas impressões pessoais sobre as histórias narradas, lidas e dramatizadas. Ao ler uma história, a criança também desenvolve todo um potencial crítico. A partir daí, ela pode pensar, questionar, formar opinião própria, formular os próprios critérios.
                            Assim, as diferentes produções literárias existentes se mostram como meio pelo qual a criança pode enriquecer sua linguagem oral e escrita, além de conhecer diversos escritores.
                            Nesse sentido, pretendemos com o respectivo projeto incentivar, na instituição de educação infantil, desde a mais tenra idade, o gosto pela leitura, criando um ambiente lúdico, capaz de favorecer o conto e a leitura de histórias, parlendas e poesias, desenvolvendo assim, o senso crítico, a criatividade, bem como favorecendo a compreensão das demais áreas do conhecimento.

OBJETIVOS:
1.    Ampliar, gradativamente, suas possibilidades de comunicação e expressão, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos;
2.    Interessar-se e interagir com materiais de leitura, promovendo o cuidado pelos livros;
3.    Conhecer diferentes autores/escritores, ilustradores e editoras responsáveis pela produção dos livros infantis;
4.    Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros de histórias infantis;
5.    Enriquecer o vocabulário através do conto e da leitura de diferentes histórias, favorecendo o uso da linguagem oral para expressar desejos, opiniões, idéias, preferências, sentimentos e relatar suas vivências.


METODOLOGIA:

                            O projeto far-se-á semanalmente, através das seguintes atividades:
1.    Leitura de textos de diferentes gêneros como contos, poemas, parlendas, trava-línguas;
2.    Narração da infância de escritores famosos, bem como de grandes escritores conhecidos do público infantil (Monteiro Lobato, Cecília Meireles, Ruth Rocha, Ziraldo, entre outros), apresentando-os às crianças, através de fotos, filmes e suas obras;
3.    Apresentação e reprodução oral de jogos verbais como trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções;
4.    Organização de momentos para que as crianças escolham o livro para ler e apreciar, ainda que não o façam de maneira convencional;
5.    Contação de histórias por meio de técnicas variadas (utilização de objetos, uso de fantoches, dramatizações);
6.    Leitura de poesias e poemas que apresentem rimas;
7.    Observação e manuseio de livros de histórias infantis, através da apresentação dos mesmos à criança seguida de questionamentos;
8.    Exposição dos livros produzidos pelas crianças através de desenhos, ilustrações;
9.    Produção de um livro coletivo.

BIBLIOGRAFIA:

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997. – (Pensamento e ação no magistério).

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3 v.